Texto sob autoria de: Fernando Maccari Lara

Fernando Maccari Lara

Pesquisador em Economista da FEE. Economics Researcher at the FEE.

Condicionantes e estratégias do desenvolvimento chinês

Carlos Aguiar de Medeiros é professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É graduado em Economia e Mestre em Engenharia de Produção pela UFRJ e Doutor em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pesquisa principalmente os seguintes temas: desenvolvimento, desemprego, crescimento, tecnologia, estado, mercado, instituições, padrões monetários, balança de pagamentos, crescimento e industrialização e inserção internacional.

Em entrevista à revista Panorama, Carlos avalia o que foi central para o regime de crescimento chinês e pontua que o País se distingue pela produção de bens sofisticados. O pesquisador também analisa a oferta de alimentos e a sustentabilidade ambiental na China, além de discutir as mudanças nas relações entre esse país e os EUA, depois da vitória de Trump nas eleições americanas.

Panorama: Muitos analistas apontam que a China vem realizando uma transição de um modelo previamente “liderado pelas exportações” para uma nova estratégia de crescimento baseada no mercado interno. O senhor concorda com essa caracterização? Que tipo de qualificação pode ser feita a esse respeito?

Não há consenso na literatura sobre a definição e a medida de um regime de crescimento “liderado pelas exportações”. É evidente que, na China, é elevada a participação das exportações brutas na demanda final. Entretanto, é muito alta a parcela de valor adicionado externo contido nas exportações chinesas. O investimento foi o componente com maiores crescimentos absoluto e relativo na última década. Uma parcela desse investimento está associada às exportações. Outra parcela, mais elevada, está ligada à expansão da urbanização e da indústria pesada, liderada por empresas estatais. A questão central para o crescimento chinês (independentemente do seu regime de crescimento) é manter taxas elevadas (num momento em que a economia mundial cresce a taxas reduzidas) e construir uma “sociedade harmoniosa”, isto é, um sistema de proteção social e leis de regulação do trabalho, de forma a reduzir a desigualdade na apropriação da renda. Trata-se aqui não apenas de uma questão econômica, mas, sobretudo, de uma questão política.

Panorama: Como se poderiam qualificar os resultados já alcançados a partir do esforço chinês de desenvolvimento científico e tecnológico nos últimos anos?

A guinada chinesa voltada para a construção de uma economia centrada na inovação e não apenas na produção com tecnologia externa de bens sofisticados ocorreu nos anos 2000 e foi, em grande parte, induzida por preocupações estratégicas associadas tanto à defesa quanto à energia. Ela resultou em ampla expansão dos recursos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), financiada, em grande parte, por empresas chinesas, forte demanda e financiamento do Governo voltados para áreas tecnologicamente estratégicas, como semicondutores, pesquisa espacial, energia alternativa, fármacos, infraestrutura (comunicação e trens de alta velocidade) e computadores de alta performance. Ela é, em grande medida, baseada em firmas chinesas (principalmente estatais), e a prioridade é a construção de tecnologias proprietárias e marcas próprias domésticas. Com efeito, a China distingue-se pela produção de bens sofisticados, não pelas atividades de desenho e inovação. Mudar essa situação constitui estratégia de governo dos anos 2000. Em energia alternativa, a indústria Chinesa está no estado da arte; na aviação e na pesquisa espacial, permanece ainda defasada, mesmo que haja importantes estratégias de catching-up. Em relação à indústria centrada na tecnologia de informação e comunicação, até o presente, o grande desafio é a área de semicondutores. Houve indiscutível progresso na eletrônica de consumo e em outras áreas de alto conteúdo tecnológico dessa indústria, em um esforço de substituição de importações, incluindo as atividades mais sofisticadas dessa produção.

Panorama: Uma das questões centrais do desenvolvimento chinês sempre foi a da oferta de alimentos. Essa centralidade persiste? Que tipo de oportunidade pode ser aberta, do ponto de vista do comércio externo?

Certamente, a China possui uma das menores disponibilidades de terra arável per capita e, com o processo de urbanização, vem mudando sua dieta alimentar. A oportunidade já está aberta. A China tornou-se hoje o maior importador mundial de soja e outras commodities agrícolas. Essa demanda tende a seguir crescendo em termos absolutos, ainda que a um ritmo decrescente, à medida que se eleva o nível de renda.

Panorama: Em que medida as questões relativas à sustentabilidade ambiental assumem importância no caso chinês?

A degradação ambiental e a poluição são uma questão central numa economia ainda movida, em grande parte, a carvão; por outro lado, a elevada expansão da indústria automobilística tem aumentado a emissão de CO2. Os últimos planos quinquenais destacam e priorizam fontes alternativas de energia (eólica, elétrica), mas, mesmo que em forte expansão, eles ainda não constituem uma alternativa energética real.

Panorama: De um modo geral, quais são as principais mudanças sociais internas ou externas induzidas pelo forte desenvolvimento chinês das últimas décadas? De que modo elas constituem desafio à sua continuidade?

A principal “movida” social interna foi a dissolução, desde os anos 80, das instituições de controle e regulação social centradas na comuna e na fábrica estatal e a adoção de instituições capitalistas baseadas no emprego assalariado e no mercado, ainda que num processo de transição gradual, em que o Estado permanece no controle das terras, do crédito e, em geral, da taxa de investimento. Nesse capitalismo regulado pelo Estado, o conflito social é amplo em relação tanto à expropriação de terra quanto à regulação do trabalho, à taxa de salários e à introdução de direitos sociais. O governo chinês vem avançando na construção de um ainda incipiente Estado Social (renda mínima, previdência, saúde), e as perspectivas são positivas, mas com resultados em médio e longo prazos.

Panorama: Com a vitória de Trump nos EUA e sua aparente proximidade com a Rússia, como fica o xadrez das relações internacionais envolvendo a China?

É cedo para especular, mas é possível que as mudanças sejam menos descontínuas do que se poderia pensar com base no temperamento e no estilo do presidente americano. De fato, ele suspendeu a participação dos EUA no Acordo do Transpacífico, um acordo construído precisamente para isolar a China e ampliar o comércio dos EUA com os países asiáticos parceiros da China. É possível que haja alguma elevação das tarifas incidentes sobre exportações chinesas e sistemáticas acusações de manipulação do câmbio, mas não creio que mudanças substanciais possam ocorrer na relação comercial entre os EUA e a China, até porque existe uma grande complementaridade nesse comércio, e rigorosamente todas as grandes empresas americanas ou exportam para a China ou produzem na China e exportam de lá. Independentemente do saldo negativo, as exportações americanas para a China cresceram substancialmente nos últimos anos. A China é hoje o maior detentor de títulos do tesouro americano, com mais de um trilhão de dólares. A aproximação com Taiwan e a negação do princípio de uma única China poderia ter um efeito drástico na histórica relação com Pequim, mas o governo americano já recuou. Fustigar a China com críticas à sua expansão nos mares do Sul ou por meio de uma maior aproximação com o Japão não mudaram nada de forma substancial. A prioridade chinesa é reconstruir e expandir as relações comerciais com os países da “rota da seda” e obter liberalização comercial, e investimentos em infraestrutura financiados por bancos chineses são uma estratégia central.

O Mercosul e suas múltiplas dimensões

A segunda edição do Panorama Internacional FEE trata de um tema tão importante quanto complexo, dada a possibilidade de ângulos de análise múltiplos e inter-relacionados, envolvendo aspectos de natureza econômica, política e cultural. A integração latino-americana habita há bastante tempo o imaginário da região. No plano econômico, conjecturas sobre potenciais efeitos da integração produtiva estiveram sempre presentes no debate sobre as dificuldades e os limites da industrialização tardia e periférica da América Latina. O caráter “fechado” daquele processo, no sentido de que as plantas industriais eram instaladas visando atender aos restritos mercados nacionais, foi apontado como responsável por escalas de produção reduzidas e consequentes desvantagens absolutas de custos, comparadas às dos países já industrializados. Em discurso proferido no México em 1959, Raúl Prebisch[1] evocou esse diagnóstico ao defender a formação de um Mercado Comum Latino-Americano. Em seu entendimento, esse seria o caminho para não repetir, na necessária e subsequente fase de instalação dos setores produtores de bens de capital, as limitações conhecidas das já instaladas indústrias de bens de consumo. A estratégia vislumbrada por Prebisch recomendava evitar integrações parciais enquanto ações preparatórias para uma segunda fase de integração continental. Para o economista argentino, quanto mais fortalecidos fossem os grupos sub-regionais, maiores seriam os obstáculos para chegar ao Mercado Comum Latino-Americano.

Concretamente, não parece que a integração em âmbito continental defendida por Prebisch tenha avançado significativamente. E dificilmente se poderia atribuir esse estado de coisas a obstáculos criados pelo desenvolvimento dos grupos sub-regionais, como o Mercosul, visto que estes também não avançaram ao ponto de gerar obstáculos adicionais mais importantes do que aqueles que já são subjacentes às próprias fronteiras nacionais e ao próprio funcionamento do capitalismo na região. As contradições e os conflitos de interesses entre os próprios países, unidades políticas subnacionais, empresas transnacionais e grupos políticos internos já bastam para formar um sistema um tanto complexo de obstáculos à integração. Até este momento, o desenrolar histórico desse sistema não gerou solução que pudesse promover avanço significativo do Mercosul enquanto processo de integração econômica.

A possibilidade de utilizar um modelo que oriente a promoção de tal integração, resultante de outras experiências históricas, mostra-se algo bastante complicado. Possivelmente a União Europeia seja hoje o caso mais desenvolvido de conformação de uma estrutura institucional visando à promoção de integração, sob diversos aspectos. Entretanto, o baixo dinamismo econômico do bloco como um todo nos últimos anos, os agudos problemas que têm enfrentado os países mais “periféricos”, ao lado da atitude dos países “centrais” diante daqueles problemas, parecem apontar sérias limitações e contradições nos valores e objetivos de fundo a motivar a integração. Critérios macroeconômicos adotados em função de interesses particulares asfixiam alguns países-membros e conduzem muitos cidadãos europeus a aceitarem uma ou outra variante do julgamento moral de que certos países de fato “não merecem” estar na Zona do Euro.

De outro lado, sem qualquer aparato institucional minimamente comparável ao da União Europeia, estabeleceu-se na Ásia um processo de forte integração na esfera produtiva. Um conjunto de diversos fatores geopolíticos, estruturais, organizacionais e econômicos favoreceu esse resultado (MEDEIROS, 2011)[2]. A revolução na transmissão de informações e sua digitalização possibilitaram a codificação de processos produtivos e a sua modularização. Isso viabilizou, sob o ponto de vista técnico, o estabelecimento de um amplo comércio de partes e componentes, que foi integrando progressivamente os países asiáticos de menor grau de desenvolvimento àqueles previamente industrializados. A assimetria inerente ao processo, que em princípio e em certos casos pode acabar reforçada em função de desequilíbrios de balanço de pagamentos, foi ao menos parcialmente neutralizada, no caso asiático, por estímulos macroeconômicos e condições estruturais que se revelaram funcionais para a integração. Deve-se ter em mente, por exemplo, que a expansão regional asiática e sua integração produtiva ocorreram sempre orientadas para um grande mercado consumidor de produtos finais. Inicialmente os Estados Unidos e, progressivamente, a China, exerceram a função de importador líquido em relação aos países de menor grau de desenvolvimento.

No caso do Mercosul, guardadas as devidas proporções, é bem possível que o Brasil tenha potencial para exercer essa função, considerado o seu tamanho relativo. Entretanto, para que isso pudesse ocorrer, esse país teria não apenas que crescer mais rapidamente, como também deixar de perceber os países que o cercam somente como possíveis vetores de compensação para o processo de reprimarização da sua pauta exportadora direcionada a outros continentes. Em outras palavras, uma integração produtiva idealizada nos termos do modelo asiático exigiria que o Brasil exercesse o papel de importador líquido em relação ao restante do bloco, ao invés de canalizar para ele sua própria produção industrial de maior conteúdo tecnológico, deslocada de outros mercados principalmente pela própria produção asiática. Seria necessário, portanto, que o Brasil promovesse com mais intensidade o seu mercado doméstico, sempre resolvendo em conjunto sua restrição externa. Arranjos que favorecessem uma resolução conjunta das condições de restrição externa dos países do bloco seriam também muito importantes para a integração. Os problemas externos do Brasil e da Argentina, principalmente, já causaram e sempre poderão novamente causar desequilíbrios graves para a consolidação do Mercosul.

Ao tratar do Mercosul, o Panorama Internacional FEE não pretende, obviamente, dar respostas definitivas para todas essas complexas questões. O propósito é fornecer elementos para que o leitor participe do debate proposto. Nesses termos, os pesquisadores Cecília Hoff e Tomás Torezani discutem o posicionamento do Rio Grande do Sul no contexto do Mercosul, destacando as especificidades das relações comerciais e produtivas do Estado com os países do bloco e chamando a atenção para o setor de máquinas agrícolas e o conflito com os movimentos da indústria argentina do setor. A pesquisadora Ana Júlia Possamai apresenta uma dimensão central, porém ainda pouco explorada: a integração digital. A integração nessa dimensão tem óbvios impactos do ponto de vista político e cultural, e seu baixo desenvolvimento pode constituir-se em importante restrição para a integração produtiva em tempos de modularização da produção. O entrevistado desta edição é o Professor André Luiz Reis da Silva, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que contribui com as suas impressões sobre realizações e desafios do bloco, o ingresso da Venezuela e a hipótese de um acordo de livre comércio com a União Europeia, entre outros aspectos. Robson Valdez, Ricardo Leães e Bruno Jubran analisam a questão do entendimento político interno do bloco, destacando que os acordos econômicos subjacentes a um processo de integração econômica sempre pressupõem um balanço adequado de vantagens e custos para os potenciais participantes. Por fim, Tarson Nuñez apresenta importantes conjecturas sobre os desdobramentos do processo eleitoral argentino no que diz respeito ao processo de integração. O caso argentino é sempre fundamental para uma análise conjuntural da região, tendo em vista o maior radicalismo que parece caracterizar as mudanças políticas argentinas, quando observadas por um ângulo brasileiro.

[1] PREBISCH, R. El mercado común latinoamericano. Boletin del Banco Central del Ecuador, Quito, v. 33, n. 384-385, p. 19-28, jul./ago. 1959. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11362/32866> Acesso em: 19 out. 2015.

[2]  MEDEIROS, C. A dinâmica da integração produtiva asiática e os desafios à integração produtiva no Mercosul. Análise Econômica, Porto Alegre, v. 29, n. 55, p. 7-32, mar. 2011. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/AnaliseEconomica/article/view/13381>. Acesso em: 19 out. 2015.

A análise da economia gaúcha na FEE: centralidade dos nexos externos

Desde a sua origem, a Fundação de Economia e Estatística (FEE) tem como atribuição central a análise das condições sociais e econômicas do Estado do Rio Grande do Sul. O conjunto de trabalhos organizados sob o título 25 anos de Economia Gaúcha, publicado em 1976, tratava da indústria do Estado como “estreita e indissoluvelmente vinculada à economia nacional” (1976, p. 19)[1]. Naquela época, os pesquisadores da FEE investigavam as especificidades do sistema econômico do Rio Grande do Sul no contexto do modelo de industrialização substitutiva de importações em âmbito nacional.

Esse modo específico de industrialização esteve em vigor de 1930 até o final dos anos 70. A economia brasileira enfrentou, por boa parte desse período, restrições externas ao crescimento. Na década de 70, particularmente, o Governo nacional buscava manter as taxas de crescimento e acumulação elevadas, além de criar e/ou elevar a capacidade produtiva em setores considerados estratégicos. Dada a tendência de crescimento dos coeficientes de importação quando a taxa de acumulação é elevada, o desenvolvimento desses setores estratégicos era o modo de compensar esse movimento e elevar o grau de autonomia do sistema industrial doméstico a longo prazo.

O debate sobre a forma específica pela qual a economia do Rio Grande do Sul esteve conectada à brasileira foi sempre muito rico, e as contribuições da FEE, fundamentais. Obviamente que muitas transformações processaram-se desde 1976 até hoje e, portanto, seria um erro dos pesquisadores atualmente dedicados a essa questão aplicar o mesmo esquema analítico adotado pelos pesquisadores pioneiros na instituição. Uma regra metodológica central precisa ser, entretanto, mantida: qualquer análise sobre o que ocorre na economia estadual não pode lidar exclusivamente, ou predominantemente, com fatos, dinâmica e estruturas internas. Em poucas palavras: os nexos externos são fundamentais para a compreensão dos problemas atuais do Rio Grande do Sul.

O breve, mas importante, ciclo de desenvolvimento brasileiro nos anos 2000 somente foi possível devido à expressiva melhora das condições globais, comparadas às que vigoraram nos anos 80 e mesmo nos 90. Por algum tempo, os constrangimentos externos ao crescimento foram sensivelmente relaxados, permitindo ao Governo nacional executar um conjunto de políticas que resultaram em aceleração do crescimento, distribuição de renda e redução dos níveis de pobreza. As diferenças entre as mudanças estruturais associadas a esse ciclo e aquelas que caracterizaram os anos 70 não poderiam ser mais evidentes. Além do contraste nos movimentos distributivos, verificou-se a esperada tendência de elevação dos coeficientes de importação, mas dessa vez estiveram ausentes os esforços para contrabalançá-la via substituição de importações.

Desse modo, os pesquisadores interessados em compreender as condições econômicas do Rio Grande do Sul não podem prescindir de uma adequada compreensão dos principais movimentos em âmbitos nacional e internacional, bem como suas conexões com a economia regional. Neste momento, a economia brasileira parece voltar a depender de sua performance exportadora para novamente relaxar sua restrição externa ao crescimento. O papel e as perspectivas para as exportações primárias e industriais do Estado são tópicos tratados nesta primeira edição do Panorama Internacional FEE.

A partir de uma perspectiva internacionalista, o pesquisador Robson Valdez analisa o papel dos BRICS enquanto mercados efetivos e potenciais para as exportações estaduais. Na mesma postura propositiva, Bruno Jubran e Ricardo Leães tratam das perspectivas para um importante nexo industrial do Estado: as máquinas agrícolas. Entrevistado pelo Panorama, Luciano D’Andrea apresenta uma abrangente avaliação sobre as potencialidades das exportações do Rio Grande do Sul. Carlos Paiva nos traz alguns elementos de sua investigação sobre os coeficientes de importação associados às exportações e ao investimento enquanto categorias de demanda final. Fechando esta primeira edição, Clarissa Black enfatiza o caráter exógeno do preço da soja, notadamente uma variável central para o desempenho econômico do Rio Grande do Sul. A pesquisadora problematiza a ideia corrente de que a demanda chinesa seja o único determinante para os seus movimentos recentes.

[1]  FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA (RS). Análise da indústria de transformação no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: FEE, 1976. (25 anos de economia gaúcha, v. 4). Disponível em: <http://cdn.fee.tche.br/publicacoes/digitalizacao/25-anos-economia-gaucha/vol-4.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2015.